Deram-me várias palavras a partir das quais tenho de elaborar perguntas e respetivas respostas...Vamos lá ver ....
De que forma as expetativas de um professor podem influenciar a aprendizagem e consequentemente o conhecimento do(s) seu(s) discente(s) ?
Quem é que no início do ano letivo nunca recolheu ou pediu o maior
número de informações possíveis sobre as turmas ou os alunos que vai ter? Todos
nós já utilizamos estas estratégias indo contra aquilo que nos ensinaram ao
longo do estágio pedagógico: não avaliar ninguém sem possuir os elementos
necessários para fazer o diagnóstico da turma. (teste diagnóstico, observação
direta da turma...).
Com
a massificação do ensino, procurou-se quais os fatores externos na origem do
insucesso escolar. Uma delas baseia-se na teoria do "handicap social".
De acordo com esta teoria, o insucesso prende-se com a origem social do aluno e
à sua maior ou menor bagagem cultural. Assim sendo, um aluno de origem de um
meio caracterizado como desfavorecido não possui os skills necessários para obter o desejável
sucesso escolar. Por outro lado, advoga que o ambiente familiar não proporciona
à criança o conjunto de bases culturais e linguísticas necessárias à progressão
escolar, daí a escola ter um papel preponderante na superação das diferenças
através de programas de apoios.
Para além de se deixar influenciar pelas expetativas pelas
características socioeconómicas dos seus alunos, o professor pode muito bem se
deixar influenciar pelas capacidades dos seus alunos em alcançar um bom
ou mau desempenho escolar. Por outras palavras, uma boa expetativa pode
aumentar o desempenho enquanto uma má expetativa vai de certa forma dificultar
a obtenção de um bom desempenho. Estas conceções podem levar a superestimação
ou a subestimação dos resultados dos alunos. Estamos perante o efeito Pigmaleão
ou efeito Rosenthal, ou seja, é o facto de as nossas expetativas e perceção da
realidade influenciar a nossa maneira de nos relacionar com a realidade.
Por isso, o Professor deve adotar estratégias que produzem uma
ação mais efetiva sobre as necessidades dos seus alunos bem como procurar não
se deixar influenciar pelas suas expetativas iniciais.
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